sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Quem nunca...

... quis ir embora para Pasárgada?

Vou-me Embora pra Pasárgada
 Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção

Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —
 Terei a mulher que eu quero
 Na cama que escolherei
 Vou-me embora pra Pasárgada.

Imaginação


Você não precisa ser um herói


Você não precisa ser um fantástico herói para fazer certas coisas.

Você pode ser apenas um sujeito comum, suficientemente motivado para alcançar metas desafiadoras.

O poder dos livros


Você é o que você lê

\o/ Sou a Katnis! \o/

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tristeza geométrica

Linhas paralelas
tem muito em comum
mas nunca se encontram.

Nunca.

Você pode achar
isto triste.





Mas todos os demais
pares de linhas se encontram
uma vez e então
se afastam para sempre.

O que também é
bem triste.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012