Para quem nunca assistiu Sabrina, é um filme que eu recomendo, no melhor estilo de comédia romântica da sessão da tarde.
A história é bem piegas (imagino que seja por isto eu gosto): Sabrina é filha do motorista da família Larrabee (ultra rycos) e sempre foi apaixonada pelo filho mais novo dos Larrabee que mal sabe que ela existe (sim, ela não é muito esperta, outro motivo para eu gostar do filme).
Então, o pai da Sabrina a manda para Paris (não me pergunte como ele pagou a viagem) e depois de dois anos, quando ela volta surpreende a todos com sua beleza, elegância e outros predicados (que obviamente já estavam lá antes mas ninguém via). E David Larrabee, o filho caçula da família (que como um bom babaca nunca notara Sabrina antes), mesmo prestes a se casar, apaixona-se pela nova Sabrina (que é a mesma de sempre, só que com um corte de cabelo diferente e um vestido caro). E na tentativa de impedí-lo de romper seu noivado (que envolve um grande negócio para a família), seu irmão mais velho Linus Larrabee, decide afastar Sabrina de seu irmão e (surpresa!) acaba se apaixonando por ela também.
Entretanto, existem duas versões deste filme, uma de 1954 e outra de 1995, e (agora sim, supreendendo) eu prefiro a última, mesmo tendo que admitir que Audrey foi certamente a Sabrina mais cativante...
O primeiro motivo é bem óbvio, sou apaixonada pelo
Harrison Ford desde a primeira vez que vi
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (quando eu tinha uns 4 ou 5 anos de idade), então apesar de ser uma grande fã do Humphrey Bogart, certamente prefiro o Linus Larrabee de 1995.
Já o segundo motivo é bem mais interessante. Para começar, ao assistir a versão de 1954, apesar de achar David Larrabee um grande imbecil, não consegui deixar de torcer para que a Sabrina ficasse com ele. E eu acreditava que torcia por ele, apenas por causa do fator Ginny Weasley (denominei de fator Ginny Weasley a situação em que uma menina gosta de alguém por muito tempo e depois de muitas águas rolarem ela finalmente consegue ficar com quem ela queria), mas descobri que não era este o verdadeiro motivo. O fato é que a química entre a Audrey Hepburn (Sabrina) e Willian Holden (David Larrabee) é incrível, o que não ocorre nem de longe entre a Sabrina (Hepburn) e o Linus Larrabee (Humphrey Bogart).
E o modo como Audrey Hepburn e Willian Holden se olham nas fotos dos bastidores de gravação, indica porque a química deles era tão grande...
Mas porque a química entre eles seria um problema? Bem, diz a lenda que Hepburn e Holden se apaixonaram nas gravações de Sabrina, mas não terminaram tão bem quanto Johnny Cash e June Carter, que apesar dos percalços ficaram juntos até o fim de suas vidas.
Holden era casado e queria se divorciar para ficar com Hepburn, mas mesmo assim ela terminou a relação. E uma das supostas razões seria porque ela queria filhos e ele já havia feito vasectomia, mas prefiro acreditar que esta não foi a razão principal.
De qualquer modo, além de eu torcer pelo Larrabee errado, quando assisto o Sabrina de 1954, eu me lembro do péssimo desfecho do romance entre Audrey e Holden: ele se tornou um alcoólatra depois que eles terminaram (e eventualmente se divorciou de sua esposa) e em sua biografia ele diz que Audrey foi o amor da sua vida. E como desgraça pouca é bobagem, em 1981, Holden estava sozinho e embriagado em seu apartamento na Califórnia, quando escorregou e bateu a testa em uma mesa e sangrou até a morte. E seu corpo só foi encontrado quatro dias depois...
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