Ontem assisti ao filme
11 11 11. Um ótimo suspense (quase me matou de medo!) que traz um alerta sobre três armadilhas nas quais somos facilmente apanhados.
![11 11 11](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0jxyjFaoz0nxM68Sfa0dP5bB_Bu31Edihi6S_Soo_3W2QvEoprIKebHpNLqW1C-IRMpFmeL0NL56pSQ5ehzveer7-oSO3WzI1J6k0rrCPt_jjcJN2crPJ62V75qPqdSLM4DMsCQCGc0ft/s1600/fecha-11-11-11-2011-11-08-35670.jpg)
A primeira delas é a "apofenia", a tendência humana de encontrar sentido ou padrões em dados que ocorrem aleatoriamente. Em outras palavras, o perigo, bastante comum, de enxergarmos aquilo que queremos ver. Por exemplo, se você acredita em fantasmas e está em uma casa que acha ser mal-assombrada, você tomará qualquer ruído ou acontecimento estranho como prova de atividade sobrenatural. Outro situação de apofenia são adolescentes apaixonadas que vêem todo o tipo de atitude da pessoa alvo de sua paiixão como um sinal de que são correspondidas.
A segunda armadilha são os lobos em pele de cordeiro. Conforme a fábula, um lobo se disfarçou com uma pele coberta de lã e assim conseguiu entrar no rebanho de ovelhas. Fingindo ser uma delas, ele aproveitou para devorar as inocentes e desprevenidas vítimas. Do mesmo modo, o filme retrata como podemos ser enganados pelas aparências e que mesmo aqueles nos quais mais confiamos podem não ser exatamente o que parecem.
E por fim, temos a busca de um propósito. Se não todos, mas ao menos a grande maioria de nós, busca um objetivo maior para a sua vida, algo ao qual possamos nos dedicar e que nos proporcione um sentimento de realização e dever cumprido. O perigo aqui está em se deixar cegar tanto tentando achar este propósito quanto depois de encontrá-lo.
Às vezes, queremos tanto algo para nos guiar, que podemos nos apegar a uma ideia que nos foi sugerida sem nos preocupar em antes encontrar sua verdadeira natureza e compará-la aos nossos próprios princípios. Digamos que no ambiente em que estamos inseridos, entende-se realização como ser bem sucedido na carreira, deste modo, podemos acabar acreditando que este é o caminho a seguir, sem avaliar o que isto realmente significa e o quanto isto está de acordo com quem somos ou desejamos ser.
![Joseph Crone - 11 11 11](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFqRq_wG8qYXEWJNCxNpuovVWRiMCGa6KOdl_AcAdLBRO7vzJ65Bp-W5g1eQzSn-ajlBH7cTktQtQm8zxAlLagEdBoIfVCOIrf9Wxg5iZWw5e3jCZaJcumj8Qb0bcFcUPRx0hpcvlvXGL4/s320/11-11-11-pic-2.jpg)
Além disto, depois que estabelecemos uma meta, o grande risco é o fanatismo. Quando agimos por uma causa, a tendência é termos nosso julgamento afetado e deixarmos de ser parciais (
Ver Posturas radicais). E nesta situação, a melhor estratégia poderia ser contrariar a máxima de Maquiavel de que os fins justificam os meios, considerando que para manter o equilíbrio, não podemos usar nossa meta como justificativa para nossas ações. Não podemos agir por impulso para alcançar o que desejamos - precisamos buscar o melhor modo de fazer o que é necessário e sempre enxergar as diversas possibilidades de cada cenário (
Ver Diferentes possibilidades) e não escolher o caminho mais óbvio sob a desculpa: 'eu fiz o que precisava ser feito'.
Links:
Fernando Dannemann - Recanto das letras
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