quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Ferrez
Eu não conhecia este autor e gostei bastante...
EU QUERIA TER E SER
Eu queria ter tipo um campo pra jogar com todos meus amigos.
Eu queria ter tipo uma vida menos corrida.
Eu queria ter uma vida menos confusa.
Eu queria acordar vendo uma cachoeira todo dia.
Eu queria poder tomar banho nela quando quisesse.
Eu queria poder parar de procurar o amor.
Eu queria poder dormir abraçadinho com alguém.
Eu queria poder morar dentro daquela música do John Lennon.
Eu queria poder abrir a janela e olhar grandes montanhas forradas de verde.
Eu queria poder dizer que sou feliz.
Eu queria poder dar aula numa escolinha no interior, pra um monte de criança inocente.
Eu queria ter tipo uma mensagem que fizesse as pessoas desistirem de carrões, de grandes sonhos de consumo.
Eu queria ter tipo o poder de convencer que as pequenas coisas são as mais gostosas.
Eu queria ser tipo mais compreensivo.
Eu queria ser tipo mais amigo.
Eu queria ser tipo um morador de uma casinha dentro de um cenário qualquer.
Eu queria ser tipo um menino brincando de Falcon novamente.
Eu queria acordar só mais um dia vendo meu pai e minha mãe juntos.
Eu queria poder dizer a eles que estou indo bem na escola da vida.
Eu queria ter participado mais da vida familiar.
Eu queria ter podido dar mais condições a eles.
Eu queria poder trocar o que conquistei por um único olhar daquela menina.
Eu queria que minhas poesias a conquistassem.
Eu queria que pessoas como o Renato e o Cazuza tivessem tido o que tanto cantavam, o amor.
Eu queria ter conhecido o Plínio Marcos, o João Antônio, o Raul Seixas e o Chico Science.
Eu queria estar escrevendo o que eu queria ter um dia.
Eu queria ter nascido num cenário do Star Wars.
Eu queria ter conhecido a Emilia e o Visconde.
Eu queria ter um poço de pesca pra mim e pros meus amigos.
Eu queria ter tipo uma máquina do tempo, para poupar tanto sofrimento.
Eu queria ter uma cabana, com gelo no teto e árvores em volta.
Eu queria nem saber o que é dinheiro.
Eu queria ser tipo um cara conquistador.
Eu queria ter a certeza que conquistadores são felizes.
Eu queria saber cantar.
Eu queria ser tipo um viajante.
Eu queria acordar com um grande café da manhã na minha cama.
Eu queria registrar aquele sorriso naquele dia para sempre.
Eu queria poder saber o que será do meu povo amanhã.
Eu queria poder saber por que ela não conseguiu ficar ao meu lado.
Eu queria saber a fórmula de um grande sucesso.
Eu queria saber por que a fórmula do fracasso é agradar todo mundo.
Eu queria ter um robozinho daqueles de plástico que minha mãe me dava em datas especiais.
Eu queria ver meu pai chegando e fingir que estava dormindo novamente.
Eu queria saber dizer mais coisas agradáveis.
Eu queria que todos comemorassem o natal de verdade.
Eu queria um dia poder voar como um pássaro.
Eu queria ser tipo uma frota contra o mal.
Eu queria saber o que é o mal.
Eu queria ser tipo um cara em que as idéias valessem algo.
Eu queria ser tipo um cara que deixou algo pra alguém.
Eu queria poder mostrar aquele momento em que o menino dividiu o pão velho que comia com todo mundo numa viela.
Eu queria poder entender como os engravatados podem comer numa mesa onde o almoço é mais caro que o salário da maioria de brasileiros e mesmo assim dormem tranqüilos.
Eu queria ser tipo um cara ingênuo, a ponto de acreditar em Papai Noel, Duendes e na polícia.
Eu queria ser tipo um cara sem insônia, sem gastrite, sem dores tão fortes na alma.
Eu acho que ainda queria ser só um desenhista.
Eu acho que ainda queria ser só alguém num mundo legal.
Eu acho que ainda queria ser aquele menino que não via as coisas como elas eram.
Eu acho que ainda queria ser aquele chato que sempre levantava a mão primeiro na hora das perguntas.
Eu acho que ainda queria ser mais um da turma.
Eu acho que ainda queria brincar de banca de gibis com minha irmã.
Eu acho que ainda queria ser aquele menino que andava de banca em banca procurando aventuras em quadrinhos.
Eu acho que ainda queria ter a esperança boba de achar que poderia fazer a diferença nessa bagunça de mundo.
Eu acho que vou dormir e também acho que, amanhã bem cedo, Eu também acho que amanhã bem cedo vou procurar realizar pelo menos algo disso tudo, e você o que acha?
Ferréz
Dica da Dhelre Ryanne Lima Moraes.
Links: Escritor Ferréz
EU QUERIA TER E SER
Eu queria ter tipo um campo pra jogar com todos meus amigos.
Eu queria ter tipo uma vida menos corrida.
Eu queria ter uma vida menos confusa.
Eu queria acordar vendo uma cachoeira todo dia.
Eu queria poder tomar banho nela quando quisesse.
Eu queria poder parar de procurar o amor.
Eu queria poder dormir abraçadinho com alguém.
Eu queria poder morar dentro daquela música do John Lennon.
Eu queria poder abrir a janela e olhar grandes montanhas forradas de verde.
Eu queria poder dizer que sou feliz.
Eu queria poder dar aula numa escolinha no interior, pra um monte de criança inocente.
Eu queria ter tipo uma mensagem que fizesse as pessoas desistirem de carrões, de grandes sonhos de consumo.
Eu queria ter tipo o poder de convencer que as pequenas coisas são as mais gostosas.
Eu queria ser tipo mais compreensivo.
Eu queria ser tipo mais amigo.
Eu queria ser tipo um morador de uma casinha dentro de um cenário qualquer.
Eu queria ser tipo um menino brincando de Falcon novamente.
Eu queria acordar só mais um dia vendo meu pai e minha mãe juntos.
Eu queria poder dizer a eles que estou indo bem na escola da vida.
Eu queria ter participado mais da vida familiar.
Eu queria ter podido dar mais condições a eles.
Eu queria poder trocar o que conquistei por um único olhar daquela menina.
Eu queria que minhas poesias a conquistassem.
Eu queria que pessoas como o Renato e o Cazuza tivessem tido o que tanto cantavam, o amor.
Eu queria ter conhecido o Plínio Marcos, o João Antônio, o Raul Seixas e o Chico Science.
Eu queria estar escrevendo o que eu queria ter um dia.
Eu queria ter nascido num cenário do Star Wars.
Eu queria ter conhecido a Emilia e o Visconde.
Eu queria ter um poço de pesca pra mim e pros meus amigos.
Eu queria ter tipo uma máquina do tempo, para poupar tanto sofrimento.
Eu queria ter uma cabana, com gelo no teto e árvores em volta.
Eu queria nem saber o que é dinheiro.
Eu queria ser tipo um cara conquistador.
Eu queria ter a certeza que conquistadores são felizes.
Eu queria saber cantar.
Eu queria ser tipo um viajante.
Eu queria acordar com um grande café da manhã na minha cama.
Eu queria registrar aquele sorriso naquele dia para sempre.
Eu queria poder saber o que será do meu povo amanhã.
Eu queria poder saber por que ela não conseguiu ficar ao meu lado.
Eu queria saber a fórmula de um grande sucesso.
Eu queria saber por que a fórmula do fracasso é agradar todo mundo.
Eu queria ter um robozinho daqueles de plástico que minha mãe me dava em datas especiais.
Eu queria ver meu pai chegando e fingir que estava dormindo novamente.
Eu queria saber dizer mais coisas agradáveis.
Eu queria que todos comemorassem o natal de verdade.
Eu queria um dia poder voar como um pássaro.
Eu queria ser tipo uma frota contra o mal.
Eu queria saber o que é o mal.
Eu queria ser tipo um cara em que as idéias valessem algo.
Eu queria ser tipo um cara que deixou algo pra alguém.
Eu queria poder mostrar aquele momento em que o menino dividiu o pão velho que comia com todo mundo numa viela.
Eu queria poder entender como os engravatados podem comer numa mesa onde o almoço é mais caro que o salário da maioria de brasileiros e mesmo assim dormem tranqüilos.
Eu queria ser tipo um cara ingênuo, a ponto de acreditar em Papai Noel, Duendes e na polícia.
Eu queria ser tipo um cara sem insônia, sem gastrite, sem dores tão fortes na alma.
Eu acho que ainda queria ser só um desenhista.
Eu acho que ainda queria ser só alguém num mundo legal.
Eu acho que ainda queria ser aquele menino que não via as coisas como elas eram.
Eu acho que ainda queria ser aquele chato que sempre levantava a mão primeiro na hora das perguntas.
Eu acho que ainda queria ser mais um da turma.
Eu acho que ainda queria brincar de banca de gibis com minha irmã.
Eu acho que ainda queria ser aquele menino que andava de banca em banca procurando aventuras em quadrinhos.
Eu acho que ainda queria ter a esperança boba de achar que poderia fazer a diferença nessa bagunça de mundo.
Eu acho que vou dormir e também acho que, amanhã bem cedo, Eu também acho que amanhã bem cedo vou procurar realizar pelo menos algo disso tudo, e você o que acha?
Ferréz
Dica da Dhelre Ryanne Lima Moraes.
Links: Escritor Ferréz
Supersticiosa, eu?
Que tal um conto 'sobrenatural' para o Halloween?
O turno da noite me faz pensar. Fico
aqui sozinha e acabo matutando em como minha vida poderia ser diferente. Afinal,
eu já tenho dezenove anos! Por que estou aqui sentada atrás do balcão deste
hotel? Eu deveria estar descobrindo o mundo. Já estamos em 1968 e nos dias de
hoje uma garota pode fazer mais do que apenas se casar e ter um punhado de
filhos.
A neblina está cada vez mais
densa lá fora. Quando cruzei o "caminho das velhinhas" (todo mundo
com menos de vinte anos o chama assim, mesmo que seu nome oficial seja "caminho
da igreja") já estava bem difícil de enxergar e, como sempre, eu achei ter
visto alguém espreitando entre os arbustos. Mas, foi só impressão minha.
Acho que vi um vulto na porta de
vidro, onde está o porteiro quando preciso dele? É por isto que eu detesto
ficar aqui a esta hora. Puxa, era só o Antônio da contabilidade. Só não sei o
que ele está fazendo aqui, afinal o hotel é da família dele e, portanto, ele
não precisa fazer horas extras.
Dizem que era dele o buquê que
recebi no meu aniversário, mas não havia nome no cartão e prefiro acreditar que
foi outra pessoa. Minha mãe o consideraria um ótimo partido, mas ele me dá
arrepios. Provavelmente pelo fato de sua última namorada, a Maristela, que, era
a recepcionista aqui há uns dois anos, ter se suicidado. A garota ter se
atirado de uma das janelas do terceiro andar do hotel na véspera do noivado
deles certamente não é um bom sinal.
Bem, vou pegar um livro da
estante de achados e perdidos para me distrair. Opa, sou tão desastrada que ao
puxar um livro da prateleira de cima, derrubei outro. Ao juntar o livro, que caiu
aberto na primeira folha, percebi um nome rabiscado com letras bem desenhadas
na primeira folha. “Deve ser o nome do antigo dono.”, pensei e então li: “Maristela
Farias”.
Certo, foi só uma coincidência o
livro da garota morta, cujo namorado provavelmente me mandou flores, ter caído
na minha cabeça. Não acredito nestas coisas, sou uma garota moderna. Mas como
perdi totalmente a vontade de ler, o que vou fazer para passar o tempo? Ainda
são sete e meia, e eu só saio às dez.
Perfeito, acabou a luz. Vou
dormir aqui sentada. Socorro, alguém segurou meu braço! Agora é o momento em
que eu deixo de ser uma garota moderna e grito pela minha mãe? Ufa, era só o porteiro
e ele pediu para eu subir e levar uma lanterna e fusíveis para o Antônio dar um
jeito na luz, enquanto ele cuida de recepção para mim.
Segundo o porteiro, como o cofre
fica lá em cima, ele não tem autorização para subir (por estar armado), mas eu acho
que ele está com medo. Todas as camareiras dizem que o terceiro andar é
assombrado pela avó do Antônio, que morreu aqui há uns dez anos. Sem falar da
Maristela. Mas por que fui me lembrar de tudo isto logo agora?
Cansei, quantos degraus! E por
que as cortinas estão balançando tanto aqui em cima? Não me lembro de estar
ventando lá fora. Vejo uma luz pela fresta da porta da contabilidade, o que
significa que o Antônio já tem uma lanterna. Mas se ele está lá, de quem são
estes passos atrás de mim. E que mão gelada é essa que segurou o meu pulso?
Acho que vou desmaiar.
Não há nada aqui, mas eu juro ter
ouvido um "Vá embora", sussurrado por uma voz feminina, ao mesmo
tempo em que a lanterna que eu trouxe apagou. Talvez eu esteja alucinando, mas
mesmo assim melhor eu sumir daqui. Não que eu seja supersticiosa, mas para que arriscar?
Talvez eu não desça. Não gostei
nenhum pouco de uma sombra parada no meio do corredor, bem no caminho para a
escada. E agora? A porta do arquivo morto (nome sugestivo, não?) escancarou-se
de repente e uma rajada de vento gelado invadiu o corredor espalhando uma fina
película de névoa pelo ambiente. Dei um passo para trás, enquanto a sombra se
aproximava lentamente.
Dedos gélidos tocaram no meu
braço novamente. "Está vindo atrás de você", murmurou a voz. Sem
pensar, atravessei o corredor o mais rápido que pude e entrei na sala da
contabilidade. Havia uma vela acessa sobre a mesa, mas o lugar estava vazio.
Caminhei até a janela e só pude ver a massa acinzentada de neblina que cercava
o prédio.
Subitamente o reflexo de uma
garota loira e com o rosto coberto de sangue apareceu no vidro ao meu lado.
Virei num pulo, mas não havia nada ali, eu continuava sozinha. A porta do
banheiro abriu lentamente com um rangido e eu respirei aliviada. "Antonio,
que bom que você está aí.", exclamei.
Mas não era o Antônio que acabara
de sair do banheiro. Na minha frente, estava uma mulher grisalha, enrugada e
transparente. A avó de Antônio, eu a reconheci de uma foto da recepção. O grito
ficou preso na minha garganta, enquanto eu não podia acreditar no que eu estava
vendo. “Só posso estar sonhando!”, conclui.
“Não vou deixar que você repita o
que fez comigo”, disse a voz que eu ouvira antes. Com o canto dos olhos,
avistei uma jovem loira, ensanguentada e tremeluzente a minha direita. A velha
não pareceu preocupada com a ameaça e esboçou um sorriso assustador. As duas
pareciam prestes a se atacar, quando a porta do corredor se abriu e ambas
desapareceram.
“Ah, você está aqui”, exclamou
Antônio. Apenas sacudi a cabeça afirmativamente. “Trouxe os fusíveis?”,
perguntou ele. Mas antes que eu pudesse responder, arregalei os olhos ao
perceber uma mão pálida tombar a vela que estava sobre a mesa.
Rapidamente, o fogo se espalhou
pelos papéis e logo alcançou o chão se espalhando pela sala. Dei um passo para
trás, para me afastar das labaredas que tomavam tudo ao meu redor e senti duas
mãos sobre o meu peito. No instante seguinte, um empurrão violento me jogou
para trás, atravessei a janela e despenquei rodeada por cacos de vidro.
Abri os olhos assustada. “Ainda
estou viva?”, pensei. Então, percebi que estava sentada na minha cadeira da
recepção, no escuro. “A luz acabou e eu peguei no sono, foi isto.” Fechei os
olhos e soltei um longo suspiro de alívio. Ao abri-los novamente, um rosto coberto
de sangue me encarava. Coloquei a mão na boca para conter um grito, enquanto a
jovem loira falava “Vá embora.”
Sem hesitar, levantei e chamei um táxi.
Dia do Saci-Pererê
Hoje, 31 de Outubro, é o dia do Saci-Pererê, um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Ele provavelmente surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.
Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O saci transformou-se num jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma.
O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.
Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”.
Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras.
A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos. E o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos.
Quem primeiro retratou o personagem, de forma brilhante na literatura infantil, foi o escritor Monteiro Lobato. Nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio. A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido no começo da década de 1950. O saci também aparece em várias momentos das histórias em quadrinhos do personagem Chico Bento, de Maurício de Souza.
E com o objetivo de valorizar o folclore nacional e diminuir a influência do cultura norte-americana (Halloween) em nosso país foi criado em caráter nacional, em 2005, o Dia do Saci, no dia 31 de outubro.
Fonte: Sua pesquisa - Saci-pererê
Link: Bresil coolturel - Saci-perere
Três filmes...
...para entrar no clima de Halloween:
A Mulher de Preto (Assustador!)
A Hora do Espanto (Divertido!)
Abracadabra (Clássico!)
Halloween
Por que as fantasias?
Há uma série de possíveis explicações sobre por que as pessoas usam fantasias no Halloween:
- A prática poderia remontar à antiga prática medieval de "disfarce", que simplesmente envolvia vestir fantasias, cantar, atuar e fazer travessuras.
- Um costume britânico surgiu a partir de 1600, em que jovens vestiam máscaras para implorar por moedas de um centavo na Noite de Guy Fawkes (aquele do filme V de Vingança) no início de novembro.
- A teoria mais comum e aceita nos tempos modernos é que o uso de fantasias deveria espantar ou enganar os maus espíritos que estariam soltos durante esta noite.
Curiosamente, no entanto, por meados de 1800, quando os imigrantes irlandeses trouxeram a sua versão de Halloween para a América do Norte, os costumes do "disfarce" foram completamente esquecidos em grande parte do Reino Unido. Além disto, os americanos, em sua maior parte, não tinham idéia de quem foi Guy Fawkes, e muito menos por que alguém deveria implorar por moedas de um centavo para ele.
"Trick or treat"
Assim, apesar do Halloween ser permanentemente referenciado como um feriado americano, na virada do século 20, não havia nenhuma menção em fontes publicadas de "trick or treat" ou qualquer coisa parecida com isso antes de 1930.
Há registros no entanto da prática de vandalismo na noite de Halloween nos anos 1800 e portanto, uma teoria atual sustenta que o "trick or treat" foi um artifício do início do século 20 que ofereceria uma alternativa para as travessuras juvenis (essencialmente subornando os jovens com guloseimas).
Seguindo a tradição anglo-irlandês, festas de Halloween com jogos de leitura de sorte e outros enfeites sobrenaturais eram prática comum na virada do século, e estes se transformaram em festas à fantasia com crianças se vestindo de bruxas, fantasmas e duendes que temos hoje. Talvez a explicação mais simples para a invenção do ritual "trick or treat" é que alguém teve a inspiração de levar a festa à fantasia de porta em porta.
Quaisquer que sejam os detalhes precisos de sua origem, na década de 1940 o "trick or treat" tornou-se um acessório de Halloween nos Estados Unidos, e permanece assim até hoje.
Fontes:
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Samhain - A origem do Halloween
De acordo com o calendário celta, povo que era encontrado em toda a Europa, o ano começava no dia correspondente ao primeiro de novembro do nosso calendário atual.
A data indicava o início do inverno (e também um final e um início de um ciclo eterno) e era marcada com um festival denominado Samhain, o maior e mais significativo feriado do ano celta.
Os celtas acreditavam que, na noite de Samhain, véspera do dia primeiro de novembro, mais do que em qualquer outra época do ano, os fantasmas eram capazes de se misturar com os vivos, porque no Samhain as almas dos que tinham morrido durante o ano viajavam para o outro mundo.
Pessoas se reuniam para fazer sacrifícios de animais e alimentos, além de acender fogueiras em honra dos mortos - e também para ajudá-los em sua jornada e mantê-los longe dos vivos.
Naquela noite, supostamente, todos os tipos de seres como fantasmas, fadas e demônios poderiam vagar pela terra.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Conselho para iniciantes
"Ninguém diz isso para as pessoas que são iniciantes, gostaria que alguém tivesse me dito.
Todos nós que fazemos um trabalho criativo, entramos porque temos bom gosto.
Mas há essa lacuna. Durante os primeiros anos que você faz alguma coisa, ela não é tão boa.
Está tentando ser bom, tem potencial, mas não é.
Mas seu gosto, a única coisa que colocou você no jogo, ainda é matador. E o seu gosto é motivo para que o seu trabalho o decepcione. Muitas pessoas nunca passam esta fase, elas desistem.
A maioria das pessoas que conheço que faz um trabalho interessante, criativo passou por estes anos.
Sabemos que o nosso trabalho não tem essa coisa especial que queremos que ele tenha.
Todos nós passamos por isso.
E se você está apenas começando, ou você ainda está nesta fase, você tem que saber que é normal e que a coisa mais importante que você pode fazer é trabalhar muito. Dê a si mesmo um prazo para que a cada semana você termine uma história. É apenas passando por um volume de trabalho que você vai fechar essa lacuna, e seu trabalho será tão bom quanto suas ambições.
E eu demorei mais tempo do que qualquer um que eu já conheci para descobrir como fazer isso.
Vai demorar um pouco. É normal demorar um pouco. Você só tem que lutar pelo caminho. "
- Ira Glass
Dia Nacional do Livro
Instituído pela Lei nº 5.191, de 13 de dezembro de 1966, o dia 29 de Outubro foi escolhido para ser o Dia Nacional do Livro por ser a data oficial da fundação da Biblioteca Nacional. Inicialmente, a então chamada Real Biblioteca no Brasil começou com um acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc. trazidos de Portugal com a vinda da família real portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808.
A Biblioteca Nacional é a maior biblioteca da América Latina, sendo considerada pela Unesco uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo.
"Se não queres perder-te no esquecimento tão cedo como chega a morte, escreve coisas dignas de ler-se, ou faz coisas dignas de escrever-se."
[ Benjamin Franklin ]
"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede."
[ Carlos Drummond de Andrade ]
"Um país se faz de homens e livros."
[Monteiro Lobato]
Obs. Dia 18 de Abril (data de nascimento de Monteiro Lobato) é o Dia Nacional do Livro Infantil.
Fonte: IBGE
Apoio à leitura - Banco Itaú
Para quem tem filhos, sobrinhos, irmãozinhos, ou faz trabalho voluntário (em creches, escolinhas, fundações...):
O Banco Itaú está disponibilizando livros para crianças gratuitamente como apoio a leitura.
Basta se cadastrar no site abaixo e esperar chegar a sua residência:
http://www.itau.com.br/itaucrianca/
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Lendas e Descobertas
Desde os primórdios da colonização da América do Sul relatos indígenas mencionam lendas sobre cidades perdidas cujas riquezas seriam inimagináveis, incitando a imaginação e instigando aventureiros e exploradores a inúmeras buscas.
Algumas destas lendas tornaram-se muito famosas e por vezes são confundidas e mesmo fundidas entre si. Podemos citar dentre elas, o Eldorado e suas construções de ouro maciço e seu imperador coberto de pó de ouro, Paititi localizada a leste dos Andes e suposto refúgio inca, Muribeca e suas minas de ouro e prata que o bandeirante Francisco Raposo buscava, Vilcabamba, a grande capital perdida fundada por Manco Inca e até mesmo “Z” a civilização perdida na Serra do Roncador que o explorador Percy Fawcett e sua expedição procuravam quando desapareceram.
Porém, ainda mais importante que a investigação sobre a origem e a veracidade dos relatos sobre cada uma destas lendas, e a montagem do intrincado quebra-cabeça histórico e arqueológico que as cerca, são as descobertas que foram impulsionadas por elas.
Machu Pichu, por exemplo, considerada o maior achado arqueológico do século XX, foi descoberta e apresentada ao resto do mundo em 1911, pelo americano Hiram Birgham que pretendia localizar Vilcabamba.
É amanhã!
O lançamento do livro
“A Naneara e a Busca por Paititi”
É amanhã, 27/10, às 10 horas;
na Rua Dona Francisca, 364 – Sede Provisória da Casa da Cultura.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Paititi?
Paititi é uma lendária cidade perdida Inca, supostamente escondida a leste dos Andes, em alguma parte da selva tropical do sudeste do Peru (Madre de Diós), nordeste da Bolivia (Bení ou Pando) ou noroeste do Brasil (Acre, Rondônia ou Mato Grosso).
Segundo uma lenda inca, o deus Inkarri fundou, muito antes da chegada dos conquistadores, uma cidade igual a Cusco, localizada na selva, a dez dias a leste da capital inca. O nome quéchua Paikikin significaria “igual a”, segundo uma de suas diversas interpretações.
Depois da chegada dos conquistadores em 1533, alguns sacerdotes teriam levado a Paititi enormes riquezas, com o fim de salvá-las do saque dos espanhóis. De maneira que a cidade teria servido de último baluarte depois da tomada de Vilcabamba e da morte de Tupac Amaru em 1572; não só para esconder grandes riquezas, senão também para manter vivas tradições seculares e para preservar antigas tradições místicas e conhecimentos.
Existe outra versão de Paititi, a qual situa a cidade perdida muito mais a leste, descrevendo-a como um reino imenso localizado nos arredores da atual fronteira entre Bolívia e Brasil, território que foi dominado durante séculos pela etnia dos Mojos. Segundo esta versão, a palavra Paititi significaria “todo branco e brilhante”, como o ouro.
Fonte: Yuri Leveratto - A interminável busca do Paititi
Links:
Fantastipedia
Wikipedia
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Onça Pintada
A onça pintada é uma espécie carnívora e alimenta-se, principalmente, de capivaras, serpentes, coelhos, veados, antas e outros mamíferos de pequeno porte. Come também peixes que ela mesma captura em rios, pois é uma exímia nadadora.
O acasalamento da onça pintada ocorre em qualquer época do ano e a fêmea costuma gerar de 1 a 4 filhotes por ano. Quando nasce, o filhote costuma pesar 1 kg aproximadamente.O animal macho atinge a maturidade sexual por volta dos 3 anos, enquanto a fêmea alcança com apenas 2 anos.
Esta espécie mamífera habita uma vasta região que vai do sul dos Estados Unidos até a Argentina. Está presente em grande quantidade nas matas e florestas tropicais do Brasil.
Possui mandíbulas muito fortes e, por isso, ataca suas vítimas mordendo na região do crânio.Para caçar, preferem o período da noite.
A expectativa de vida desta espécie (vivendo de forma selvagem) é de 12 anos aproximadamente. Em cativeiro, a onça pintada pode passar de 20 anos.
Características:
Período de gestação: 95 a 110 dias
Comprimento: em média 1,80 m (macho) e 1,40 m (fêmea)
Peso: aproximadamente 100 kg
Cor: mesclada de amarelo, preto e branco
Altura: aproximadamente 80 cm
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Espécie: P. onca
Fonte: Sua Pesquisa - Mundo Animal - Onça Pintada
Links:
Moradores fazem audiência para discutir ataques de onça-pintada
Homem de bicicleta sobrevive a ataque de onça pintada no MT
Coronel Percy Fawcett
Em 1925, o coronel Percy Fawcett se dirigiu para a selva amazônica com fanfarra Internacional e cobertura de primeira página dos jornais com a intenção de fazer uma das descobertas mais importantes da história moderna. O objetivo do explorador britânico era encontrar a antiga cidade que os conquistadores haviam chamado de El Dorado e que foi apelidada por Fawcett simplesmente de "Z." Porém depois de semanas no mais profundo, desconhecido e perigoso coração da floresta, as missivas Fawcett pararam de vir e o último dos exploradores vitorianos nunca mais voltou.
"Z, a cidade perdida" (que eu li e recomendo!), primeiro livro do escritor David Grann (The New Yorker), traz uma vívida narrativa sobre a vida extraordinária de Fawcett e suas aventuras. Baseado parcialmente em diários particulares de Fawcett, alguns deles nunca antes vistos fora de sua família, o livro detalha ousadas viagens, onde uma morte horrível se escondia por trás de cada videira.
Durante as expedições anteriores para o "Inferno Verde", Fawcett provou ser um personagem robusto e sem medo. Onde os outros morreram ou desapareceram, de alguma maneira ele sobreviveu às adversidades como a fome, os insetos sanguinários, as doenças letais, as sucuris e as piranhas. Enquanto outros foram vítimas de tribos indígenas hostis, ele fez amizade com eles.
Grann revela Fawcett como um rígido protótipo de Indiana Jones. Na verdade, um dos romances sobre o Indiana Jones o envia em busca de Fawcett - e ele o encontra, mas só ficção, pois ninguém encontrou Fawcett e viveu para contar a história.
Mesmo Grann tenta. Além de incluir a ciência amazônica fascinante, Grann interrompe seu livro com capítulos detalhando sua própria pesquisa em busca de pista de Fawcett. Ele viaja mais de 10.000 quilômetros, de Nova York a Londres e para o Brasil, e Finalmente faz o seu caminho para os mesmos rios traiçoeiros, florestas escuras e aldeias tribais da Amazônia, onde Fawcett foi visto pela última vez.
Mas enquanto Grann é um fantástico pesquisador e escritor, ele é um péssimo um explorador. Ele mesmo confessa uma afinidade com ar condicionado. Portanto, há uma implicação em todo o livro que ele poderia se tornar a mais recente vítima do legado de Fawcett.
Mas para crédito de Grann, ele sobrevive e ainda encontra algumas pistas críveis que lançam uma nova luz sobre o que provavelmente aconteceu com Fawcett e sua cidade perdida.
Fonte: "Z, a cidade perdida" segue a trilha do explorador desaparecido
Link: The Great Web of Percy Harrison Fawcett
Quem foram os Fenícios?
Os fenícios eram uma antiga civilização que se estabeleceu onde hoje ficam o Líbano e partes da Síria e de Israel. Calcula-se que eles chegaram a essa região por volta do século 30 a.C., mas os historiadores ainda não conseguiram precisar de onde eles teriam partido - especula-se apenas que de algum ponto do golfo Pérsico.
Ao longo da costa do mar Mediterrâneo e em ilhas da região, os fenícios montaram várias cidades-estados independentes, como Biblos, Tiro e Tripolis. Tais cidades atingiram o auge por volta do século 12 a.C., quando antigas potências que dominavam essa parte do Oriente Médio - como os impérios egípcio e hitita - estavam enfraquecidos.
Aproveitando a oportunidade, os fenícios transformaram suas cidades em importantes pólos comerciais. Como não eram grandes produtores de mercadorias, eles atuavam como uma espécie de importadores e exportadores da Antiguidade. Ou seja, compravam vinho de uma região e vendiam para outra, que por sua vez produzia óleo e assim por diante. Para fazer tantos negócios, os fenícios se especializaram em longas viagens marítimas.
Graças a esse espírito comerciante-aventureiro estabeleceram pontos de colonização - que mais pareciam grandes mercados - em várias áreas do mar Mediterrâneo, como no norte da África e na costa da Itália e da Espanha. A partir do século 9 a.C., porém, esse poderio foi se esfacelando aos poucos diante da expansão de outras civilizações do Oriente Médio, como a dos assírios (no atual Iraque) e a dos persas (no Irã). No século 4 a.C., as cidades fenícias perderam de vez sua importância comercial após serem invadidas pelo império de Alexandre, o Grande.
Heranças mediterrâneas
Alfabeto
Essa antiga civilização criou a base do alfabeto que usamos até hoje. Além de usar a escrita cuneiforme — empregada por outras civilizações da Mesopotâmia e que tinha sinais em forma de cunha —, os fenícios criaram seu próprio alfabeto. Formado por 22 letras, ele já era usado no século 15 a.C. Esse método de escrita foi adotado mais tarde pelos gregos, tornando-se o ancestral do alfabeto romano, que usamos hoje em dia
Navegação
Movidos pelo comércio externo, os fenícios mergulharam fundo nas viagens marítimas e por isso se tornaram grandes construtores navais, deixando uma importante herança nesse setor. Suas embarcações eram tão eficientes que rumores jamais comprovados dizem que eles teriam se aventurado pelo oceano Atlântico e chegado até o Brasil
Artesanato e vidro
Os fenícios produziam peças artesanais usando com muita originalidade o ouro e outros metais e tinham avançadas técnicas de tingimento de tecidos — com cores obtidas até com o uso de uma espécie de caramujo marinho! Além disso, aparentemente foram eles que descobriram o método para produzir vidro transparente
Fonte: Mundo Estranho - Quem foram os fenícios
Links:
Os Comerciantes Fenícios
Saiba tudo sobre os fenícios e sua importância para o comércio
Religião Fenícia na Baixa Época
terça-feira, 23 de outubro de 2012
O que é um Tumi?
O Tumi é uma faca cerimonial dos povos pré-colombianos (Moche, Chimu, Inca) que habitavam o território onde hoje se localiza o Peru.
A arte andina Moche faz referência a sacrifícios em várias de suas imagens, utilizando diferentes armas como: garrotes de madera, lanças pontiagudas e, é claro, as facas em forma de meia luna, conhecidas como Tumis.
Porém, os exemplares arqueológicos mais conhecidos dos Tumis são do norte da costa do Peru, especialmente da cultura Lambayeque/Sican (700-1300 d. C.). Estes Tumis mostram uma elaborada figura humana de olhos amendoados (figura tradicionalmente identificada com Naylamp, um deus dos mitos Lambayeque), às vezes com pedras semipreciosas incrustadas. O Tumis-Lambayeque são algumas das mais famosas peças de arte pré-colombiana.
Em 2006, numa escavação de tumbas de 900 anos da cultura Lambayeque/Sican, houve o primeiro registo arqueológico de Tumis-Lambayeque na sua localização natural, o que permite um estudo sobre o contexto em que estes instrumentos eram utilizados. Até essa data, todos os Tumis-Lambayeque haviam sido obtidos de tumbas saqueadas.
Links:
EL TUMI DE ORO O CUCHILLO DE ILLIMO
Faca «Tumi» usada em ritual pré-inca encontrada pela primeira vez no Perú
Artefactos Destacados: El sacrificio humano en los Andes de antaño
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