sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Você tem alguma mania?


Conforme artigo "Por que temos manias?" da Revista Vida Simples, uma das teorias mais aceitas sobre o porque de termos manias sugere que estas são uma resposta instintiva do corpo e surgiram a partir da repetição contínua de certos comportamentos. Os primatas, por exemplo, têm comportamentos repetitivos de checagem territorial. Não por coincidência, muita gente tem mania de conferir diversas vezes se a porta da casa está fechada. Uma mania também pode estar ligada a uma experiência passada de afeto. Uma pessoa que gosta de fazer cafuné em si mesma (conheço alguém assim...) pode estar apenas repetindo um gesto que recebia do pai ou da mãe quando criança.

Entretanto, é preciso que se saiba que o termo mania tem mais de um significado. No popular, mania é a tendência de repetir certos gestos, feitos quase automaticamente, como roer as unhas ou enrolar o cabelo com o dedo (ops, eu faço isto!).
“Essas manias são inofensivas e não devem, necessariamente, ser encaradas como uma patologia”, diz o psiquiatra Geraldo Possendoro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O problema é quando elas viram uma compulsão, distúrbio caracterizado por comportamentos repetitivos dos quais a pessoa se torna dependente. “As compulsões trazem alívio temporário da ansiedade e precisam ser tratadas. O limite entre mania e compulsão é muito tênue. Se a pessoa ficar em dúvida, deve procurar um especialista”, diz Possendoro.

Um bom exemplo de mania patológica é o personagem de Jack Nicholson (pelo qual ele ganhou o Oscar de melhor ator de 1998) no filme Melhor Impossível (para quem não assistiu, vale a pena!). No filme, Melvin Udall (Jack Nicholson) trabalha em casa como um escritor de romances e devido aos seu transtorno obsessivo-compulsivo se isola das outras pessoa e come todos os dias na mesma mesa do mesmo restaurante usando seus próprios talheres de plástico.

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