segunda-feira, 11 de junho de 2012

Os agentes do Destino

Eu estava curiosa para assistir ao filme Os agentes do destino desde o seu lançamento no cinema e não me decepcionei ao finalmente assisti-lo neste fim de semana. É um filme que nos faz pensar sobre como nem sempre (ou quase nunca, em alguns casos) decidimos o rumo da nossa vida e deixamos que as circunstâncias o determinem por nós. Quando encontramos um obstáculo, devemos contorná-lo e deixar que ele altere o nosso caminho ou devemos insistir até superá-lo e alcançar o que realmente desejamos?

A história do filme é sobre um jovem político, David, que encontra uma dançarina, Elise, a mulher dos seus sonhos, mas ele é informado por misteriosos “agentes” que não pode ficar com ela. Segundo eles, isto estaria fora dos planos para ele e significaria perder tudo pelo que ele havia trabalhado em sua carreira, além de também impedi-la de alcançar seu próprio sucesso como bailarina.

O primeiro ponto que merece destaque é a abordagem romântica (digna de um livro de José de Alencar) do filme sobre o amor. Independente das conseqüências que seu romance pode ter em sua vida ou de suas poucas chances de sucesso, David não desiste. Ele acredita no que sente e com isto nenhuma proibição pode impedi-lo. Elise, por sua vez, tem a chance de seguir sua vida normalmente em um relacionamento com outro homem, porém apesar de tudo estar tão certo com o outro (se conhecem há bastante tempo, tem os mesmos amigos, ambos trabalham com dança), ela sabe que não divide com ele um sentimento tão forte como com David e não quer se contentar com algo meramente cômodo. E no maior clichê romântico de todos (e indiscutivelmente o meu favorito), David está disposto a arriscar tudo para evitar que a mulher que ele ama se case com outro.

Em meio a sua trajetória, tentando se aproximar de Elise apesar dos esforços para mantê-los separados, David se depara com outra questão marcante: para ele, sua carreira e a aclamação de seus eleitores são importantes, mas não tão importantes quanto estar com Elise. O que nos lembra de também pesar o que realmente importa para nós.  Dinheiro ou fama farão com que eu me sinta realizada? Ou fazer a diferença para as pessoas ao meu redor já é o suficiente?

Mas a mensagem central e mais inspiradora é sobre o próprio Destino (Ver Você acredita em Destino?): “A maioria das pessoas vive a vida no caminho definido para elas, com medo de explorar qualquer outro. Mas de vez em quando algumas pessoas derrubam todos os obstáculos que foram colocados em seu caminho. Pessoas que entendem que o livre arbítrio é um dom que você nunca saberá como usar, até que tenha que lutar por isso. Eu acho que este é o verdadeiro plano. Que talvez um dia, não vamos mais escrever o plano, vocês vão.” Resumindo, nós somos o que escolhemos ser, e por mais que o Destino dificulte o nosso caminho, podemos escolher se as barreiras que encontramos farão com que mudemos nosso rumo ou se iremos persistir, haja o que houver. E mesmo que existam obstáculos que não possamos vencer (o que é discutível), devemos lutar e escolher nunca desistir.


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