quarta-feira, 27 de junho de 2012

Teoria das Restrições - II


Como seria aplicar a Teoria das Restrições a nossa vida?

Como é feito para uma empresa, seria necessário antes de tudo, passar a enxergar nossa existência como um todo. Ou seja, entender que apesar das subdivisões com as quais estamos acostumados, devemos tratar a vida pessoal e a profissional como partes interligadas que dependem e influenciam uma a outra.

Logo em seguida, é necessário reconhecer um propósito ou finalidade para nós mesmos. A definição do propósito é essencial para avaliarmos cada uma de nossas ações: qual será o impacto desta ação no objetivo maior que desejo alcançar?

Com nosso propósito em mente, podemos partir para o passo seguinte que é identificar nossas restrições: o que nos impede de atingir um desempenho maior com relação a nossa meta principal?

E a partir deste ponto, conseguimos trabalhar em cima dos 5 passos de melhoria contínua da TOC:

1. Identificar o que realmente precisa de atenção e com isto não perder tempo com itens de menor importância. Ou seja, você não precisa ser bom ou perfeito em tudo, basta se dedicar ao máximo àquilo que faz a diferença para a meta que você de seja alcançar. (Será que é isto explica porque alguns médicos tem uma letra tão feia?)

2. Definir uma estratégia para explorar as suas restrições e com isto estabelecer valores ou situações de alerta que indiquem se a restrição está ou não sendo devidamente explorada. Basicamente, lembre-se de que nem tudo afeta a sua meta. Um valor menor que o esperado ou um atraso nos planos em um ponto que não seja uma restrição não significa necessariamente um problema a ser resolvido e pode ser algo com o qual você nem precise se preocupar.

3. Subordinar tudo a restrição, quer dizer que não precisamos estar sempre no limite de nossa capcidade. Digamos que você é um médico e pode realizar 16 consultas de 15 minutos em 4 horas, porém sua secretária só consegue cobrar 15 pacientes neste mesmo tempo. É mais esperto você investir os 15 minutos restantes tentando de algum modo contribuir ou facilitar o processo de cobrança do que atender um paciente que não pagará pela consulta, não é? (Considerando aqui que a sua meta principal é o lucro...)

4. Elevar as restrições, significa que trabalhar mais não é sinônimo de realizar mais. Em resumo, não há vantagem em aplicar mais tempo ou mais esforços em algo que não é a sua restrição - todo esforço despendido deve estar necessariamente voltado à meta principal.

Conforme trecho do livro de Dan Miller, da mesma maneira, que os grandes músicos alegam que a música só ganha vida por causa dos espaços entre as notas e artistas plásticos usam as áreas escuras para dar vida às cores, são os períodos entre os momentos que você trabalha que permitem que as ideias e soluções apareçam.

Quando trabalhava na obra A Última Ceia, Leonardo da Vinci costumava passar dias no andaime, trabalhando de manhã até a noite, então sem avisar, ele descansava por alguns dias. O prior de Santa Maria delle Grazie, que contratara os seus serviços, não gostou e pediu que Leonardo continuasse trabalhando e Leonardo argumentou que “os maiores gênios às vezes rendem mais quando trabalham menos.”

5. Não permitir que a inércia se torne uma restrição, implica em sempre buscar uma nova restrição para ser tratada. Se o seu pior desempenho era em inglês e agora você já está falando fluentemente, você não pode se acomodar. Identifique o que pode melhorar agora e comece tudo de novo.

É impressão minha, ou todos os passos já foram sugeridos antes com outroas palavras?

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